terça-feira, 4 de julho de 2017

O Apelo de Estrasburgo

Em 22 de Janeiro de 1961 por convocatória dirigida à maçonaria mundial pelo Grande Oriente da Bélgica e o Grande Oriente de França, para um encontro em Estrasburgo, encontro esse motivado pela intransigência crescente que a Grande Loja Unida de Inglaterra e outras a esta associadas, nomeadamente as Grandes Lojas dos vários estados dos Estados Unidos da América, que pretendiam impor como regra às restantes Obediências Maçônicas mundiais a exclusividade da crença dogmática e obrigatória de DEUS (não aceitando religiosos de outras religiões não monoteístas, agnósticos, descrentes ou ateus) para além da não aceitação como iniciados de "mulheres, escravos e deficientes".
As Obediências Maçônicas então reunidas e que não aceitam nem se revêm nas regras atrás referidas e respeitando as suas soberanias, os seus ritos e os seus símbolos numa real e verdadeira cadeia de União Universal, decidiram assinar entre si um acordo em que se revêm no Apelo que as reuniu em Estrasburgo.

Ritos maçônicos

Os ritos maçônicos são compostos por procedimentos ritualísticos e métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias maçônicas.
Cada Rito tem suas características particulares, assemelhando-se ou divergindo do outro em aspectos gerais, em detalhes, mas convergindo em pelo menos um ponto comum: a 'regularidade maçônica, isto é, o reconhecimento internacional amparado pela Constituição de Anderson.

De entre os principais, praticados no Brasil, destacam-se:

  •  Rito Escocês Antigo e Aceito
  •  Rito Escocês Retificado
  • Rito de York
  • Rito de York Americano
  • Rito Schröder
  • Rito Brasileiro
  • Rito Moderno
  • Rito Adonhiramita
  • Rito Antigo e Primitivo de Mêmphis-Misraim
  • Rito  de Mêmphis
  • Rito Misraim
  • Rito de Clermont
  • Antigo Rito Inglês

domingo, 25 de junho de 2017

A História da Maçonaria – Parte III




Maçonaria Especulativa
Em 24 de junho de 1717 na Inglaterra é que tem origem a Maçonaria atual, e a partir dessa data a Maçonaria começou a ser denominada de "Maçonaria Especulativa". Corresponde à segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos maçons operativos juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento iluminista, posterior ruptura da Igreja Romana com ela e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.
Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O feudalismo declinou dando lugar ao mercantilismo, com consequente enfraquecimento da igreja romana, havendo uma ruptura da unidade cristã advinda da reforma protestante.
Superada a tragédia da peste negra que dizimou a população europeia, teve início o Iluminismo no século XVIII, que defendia e tinha como princípio a razão, ou seja, o modo de pensar, de ter "luz".
A Inglaterra surge como o berço da Maçonaria Especulativa regular durante a reconstrução da cidade após um incêndio de grandes proporções em sua capital Londres em setembro de 1666 que contou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes medievais.
Para se manter, foram aceitas outras classes de artífices e essas pessoas formaram paulatinamente agremiações que mantinham os costumes dos pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito ao reconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da agremiação.
Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados publicamente.Todavia o método de associação era interessante, o método de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiu posteriormente. Em vez de erguer edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguer o "edifício social ideal"

A História da Maçonaria – Parte II




Maçonaria Operativa
A origem perde-se na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas, ou seja, associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de castelos, muralhas etc.
Após o declínio do Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades e levaram consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos bárbaros. Dando início ao sistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo)
Ao se fixar em novas terras, os nobres necessitavam de castelos para sua habitação e fortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era nobre, deveria advir do povo e como as atividades agropecuária e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil.
Outras companhias se formaram: artesão, ferreiro, marceneiros, tecelões, enfim, toda a necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava-se no entanto às fronteiras do feudo.
Já as guildas dos pedreiros  necessitavam mover-se para a construção das estradas e das novas fortificações dos Templários. Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir, direito este que hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da construção eram guardados com incomensurável zelo, visto que, se caíssem em domínio público as regalias concedidas à categoria, cessariam. Também não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma vez que o sistema feudal exigia a atividade agropecuária dos vassalos
A Igreja Católica Apostólica Romana encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso. Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dos mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja detém o poder político, econômico, cultural e científico da época.

A Historia da Maçonaria – Parte I


 Maçonaria Primitiva  Maçonaria Operativa

O termo maçom ou mação provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer pedreiro, construtor. O termo "maçonaria" provém do francês franc-maçonnerie, que significa, de franc-maçon, tradução de "free mason".
Estudiosos e pesquisadores costumam dividir a origem da maçonaria em três fases distintas.

 Maçonaria Primitiva  Maçonaria Operativa
 Maçonaria Especulativa
Maçonaria Primitiva

A Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria", é o período que abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da Maçonaria Operativa. Há quem busque nas primeiras civilizações a origem iniciática. Outras buscam no ocultismo, na magia e nas crendices primitivas a origem do sistema filosófico e doutrinário. Tantas são as controvérsias, que surgiram variadas correntes dentro da maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria dos historiadores, é que a Maçonaria contemporânea descende dos antigos construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas sob a influência da Igreja na Idade Média.
É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la, inventem as histórias sobre os primórdios de sua existência. Há vertentes afirmando que ela teve início na Mesopotâmia, outras confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.
O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares, que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na Inglaterra), Compagnonnage (na França), Steinmetzen (na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles princípios que eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.

O Apelo de Estrasburgo

Em 22 de Janeiro de 1961 por convocatória dirigida à maçonaria mundial pelo Grande Oriente da Bélgica e o Grande Oriente de França , par...